"Dia verdadeiramente negro" foi "17 de maio de 2011"
Marco António Costa dirigiu hoje um forte ataque ao líder socialista, desafiando António José Seguro a explicar aos portugueses "o que é que aconteceu" a 17 de maio de 2011, "um dia verdadeiramente negro" para Portugal, como classificou o porta-voz do PSD, referindo-se ao dia da assinatura do memorando de entendimento com a troika.
Esta guerra de calendários deve-se ao facto de Seguro ter tido "a desfaçatez" de se referir hoje a um "dia negro", depois do Governo ter fixado o dia 23 de setembro de 2013 como a data de regresso aos mercados, segundo o secretário-geral do PS, "o que não se verificou".
Na resposta, num almoço de apoio à candidatura do PSD na Póvoa do Varzim, Marco António Costa afirmou que "dia negro para Portugal foi o dia 17 de maio de 2011". E pediu a Seguro que fizesse uma "pequena busca" para ver o que aconteceu nessa data. "Não foi obra do acaso, foi obra de seis anos de trabalho de uma governação", acusou. Para concluir que "essa data ficará na nossa história como um dia verdadeiramente negro".
Mais: o dia de hoje, "histórico", como assinalou, fica marcado pelo pagamento de 5 mil milhões de euros de dívida portuguesa, como disse o vice-presidente social-democrata, que foi contraída por "um Governo de António Guterres, em que António José Seguro foi ministro". Estas informações serviram a Marco António para concluir: "Esta é a sina do PSD e deste Governo, é pagar as dívidas que os outros nos deixaram. Hoje Portugal confirma que teve a capacidade de ter as provisões financeiras necessárias, poupar para poder ter dinheiro para pagar aquilo que os outros deixaram."
No final do discurso, o porta-voz do PSD insistiria no apelo à "moderação da linguagem" por parte dos socialistas e para que Seguro "esteja disponível para um diálogo efetivo, frutuoso e concreto", no dia a seguir às eleições do próximo domingo, 29 de setembro.